A Universidade de Turismo de Macau está a discutir com as autoridades de Hengqin o plano de construção de um novo campus na zona. Fanny Vong, reitora da instituição, espera que a Ilha da Montanha disponibilize o espaço para o desenvolvimento académico da Universidade de Turismo. A instituição, segundo Fanny Vong, deverá receber cerca de 30% mais alunos novos no próximo ano lectivo em relação aos 600 deste ano lectivo.
A Ilha da Montanha poderá receber mais um campus de uma instituição de ensino superior de Macau, estando a Universidade de Turismo de Macau (UTM) a “estudar activamente” a construção de um novo espaço pedagógico em Hengqin. Fanny Vong, reitora da UTM, manifestou ontem a vontade de acrescentar mais um campus para a instituição, além dos actuais dois campus na Colina de Mong-Há e na Taipa. O projecto nesta fase envolve o planeamento e o ‘layout’ futuro, segundo a responsável, e a UTM está neste momento a “comunicar de forma contínua” com as autoridades de Hengqin.
Fanny Vong, citada pelo canal chinês da Rádio Macau, sublinhou ainda que a universidade estabeleceu uma base de formação integrada de Macau para o Torneio Internacional de Educação Profissional (WorldSkills, em inglês) em cooperação com os serviços competentes de Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin. A académica espera aproveitar os recursos e espaços da Ilha da Montanha, articulando com as vantagens da educação turística do território para promover o desenvolvimento da formação de profissionais de turismo.
Além disso, Fanny Vong frisou que, depois de a instituição ter alterado o nome para Universidade de Turismo, tem intensificado a sua promoção no interior da China e a nível internacional para atrair mais inscrições. “O número de matrículas nos programas no novo ano lectivo é muito satisfatório, com cerca de 600 novos alunos, e estamos a tentar alcançar um aumento das inscrições de, pelo menos, 30% em termos anuais, o que é um aumento relativamente grande”, observou. O número de inscrições da UTM subiu no presente ano lectivo, de mais de 400 nos últimos anos para 600 novos alunos de cursos de licenciatura e pós-graduação.
Reagindo ao facto de Macau se ter tornado o destino preferido dos visitantes do interior da China e ter sido seleccionada como “Cidade Cultural da Ásia Oriental 2025”, Fanny Vong considerou que as distinções vão ajudar o desenvolvimento turístico de Macau enquanto base de intercâmbio e cooperação com a coexistência de culturas.
“Este ‘cartão de visita dourado’ é um incentivo e reconhecimento da indústria turística e da respectiva formação de pessoal em Macau. E para ser o destino turístico preferido, é necessário esforços de várias partes, como o planeamento do Governo, as estratégias das empresas e a formação de talentos pelas instituições”, referiu.
A UTM organizou ontem no Campus de Mong-Há a 9.ª Cimeira Anual de Estudantes de Educação Turística adoptando o tema “Recuperação e Resiliência do Turismo: Ultrapassar os desafios, abraçar as oportunidades”, onde foram apresentadas 45 teses de estudantes seleccionados que mostraram diversos tópicos de investigação, desde a gestão hoteleira, gestão de eventos, cultura e património e marketing turístico até à tecnologia e inovação.
O evento visa proporcionar uma plataforma para os estudantes apresentarem as suas teses de licenciatura e resultados de investigação à indústria, numa discussão sobre as tendências de desenvolvimento do turismo e da hotelaria em Macau e na Grande Baía.
De acordo com a instituição, a iniciativa destacou sobretudo a conjuntura crítica do sector na era pós-pandemia, e foi convidada também a participação dos estudantes de outras cidades vizinhas, como Hong Kong, Cantão, Zhongshan e Zhuhai.
Fanny Vong destacou no seu discurso de abertura da sessão que a indústria do turismo ainda se encontra numa fase de recuperação, e que “é imperativo que o sector turístico explore novas estratégias de desenvolvimento e agarre as oportunidades emergentes.
(Ponto Final)